Mercados em Pânico: Política Tarifária de Trump Reduz o Valor do Mercado de Ações em US$ 4 Trilhões
As mudanças abruptas na política comercial do presidente dos EUA, Donald Trump, desencadearam uma poderosa onda de vendas no mercado de ações. O medo de recessão e instabilidade levou o S&P 500 a perder impressionantes US$ 4 trilhões em valor em apenas um mês. Wall Street, que inicialmente apoiava as iniciativas de Trump, agora vê investidores se desfazendo de ativos em pânico.
Crise se intensifica: Ações despencam
Os mercados acionários dos EUA sofreram um forte choque no início da semana, com as disputas tarifárias em curso e a ameaça de um shutdown do governo federal derrubando as bolsas. Os três principais índices americanos registraram quedas significativas.
O S&P 500 teve seu pior desempenho desde 18 de dezembro.O Nasdaq, focado no setor de tecnologia, despencou 4%, registrando sua maior queda diária desde setembro de 2022.
Trump silencia, HSBC aciona alerta
Diante da crise crescente, Trump optou por não comentar a deterioração do mercado. Perguntas sobre se sua política comercial poderia levar a uma recessão continuam sem resposta. Enquanto isso, analistas do HSBC rebaixaram suas projeções para o mercado de ações dos EUA, citando a incerteza gerada pela guerra tarifária.
Pressão sobre o setor de tecnologia
As empresas de tecnologia foram as mais afetadas, com suas ações pressionadas pelo fortalecimento do iene japonês e pelo aumento dos rendimentos dos títulos do governo. Investidores estão desfazendo posições em estratégias de carry trade, prevendo um possível aumento das taxas de juros no Japão.
A atual instabilidade representa sérios riscos para a economia dos EUA. Se a situação não mudar, os mercados globais poderão enfrentar uma crise ainda mais profunda.
Reversão do carry trade derruba as "Sete Magnifícas"
O mundo financeiro está em alerta: a liquidação de operações de carry trade está servindo como um catalisador para a grande onda de vendas no mercado. A estratégia de tomar empréstimos a juros baixos em ienes para investir em ativos de alto rendimento está desmoronando.
Com o temor da instabilidade, investidores estão rapidamente se desfazendo das ações de tecnologia, incluindo os gigantes do grupo "Magníficas Sete" – as empresas mais associadas à inteligência artificial.
Caos político agrava a crise
A crise no Congresso dos EUA está aumentando ainda mais a incerteza. Os legisladores não conseguem chegar a um acordo sobre o orçamento. Se não houver um consenso, o país poderá enfrentar um shutdown parcial do governo, intensificando o pânico nos mercados financeiros.
E os problemas não param por aí. A China já se prepara para impor tarifas retaliatórias às importações dos EUA já na segunda-feira, enquanto Washington planeja novas tarifas sobre metais estratégicos. A escalada da guerra comercial está aumentando a pressão sobre os mercados globais.
"Índice do Medo" Dispara para Recorde Histórico
Em meio a preocupações crescentes, o Índice de Volatilidade da CBOE (VIX), conhecido como o "índice do medo" de Wall Street, atingiu seu nível mais alto desde agosto de 2024. Investidores estão apostando em uma maior volatilidade do mercado, o que está acelerando ainda mais o colapso dos preços.
Índices acionários em queda livre: a maior baixa em um ano
- Dow Jones despencou 890,01 pontos (-2,08%), caindo para 41.911,71;
- S&P 500 afundou 155,64 pontos (-2,70%), fechando em 5.614,56;
- Nasdaq Composite sofreu o maior impacto, desabando 727,90 pontos (-4,00%), chegando a 17.468,32.
Setor de tecnologia sob ataque
O setor de tecnologia foi o mais atingido, com as ações de tecnologia do S&P 500 caindo 4,4%, a maior queda diária entre os 11 principais setores do índice.
As ações de crescimento também não foram poupadas, registrando um declínio combinado de 3,8%, o pior desempenho em um único dia desde setembro de 2022.
Mercados globais à beira de um novo crash
A volatilidade nos mercados pode se intensificar nos próximos dias. Tensões comerciais em andamento, risco de recessão e instabilidade política formam uma combinação explosiva que pode desencadear uma correção ainda maior. Investidores se preparam para negociações turbulentas, mas a grande questão permanece: quão profundo será esse declínio?
Tesla desaba: maior queda desde 2020
As ações da Tesla (TSLA.O) desmoronaram 15,4%, marcando sua maior queda diária desde setembro de 2020. A empresa de Elon Musk está sob forte pressão após cortes no Departamento de Eficiência Governamental e um escândalo político no qual Musk expressou apoio aberto a forças de extrema direita na Europa, gerando protestos e reação negativa de investidores.
O episódio representou um duro golpe na confiança da empresa, alimentando preocupações sobre o futuro da montadora. Após anos de crescimento acelerado, a Tesla enfrenta agora um dos períodos mais difíceis de sua história.
Setor de criptomoedas no vermelho
Não são apenas as empresas tradicionais que estão sofrendo – o mercado de criptomoedas também enfrenta uma correção massiva. Coinbase (COIN.O) caiu 17,6%;, e a MicroStrategy (MSTR.O) 16,7%, acompanhando a fraqueza do Bitcoin. Investidores estão abandonando os ativos digitais em massa em meio à incerteza econômica global e ao endurecimento das regulamentações sobre criptomoedas.
Delta Air Lines Soa o Alarme: Lucros Derretem
O setor aéreo também não foi poupado dos problemas. A Delta Air Lines (DAL.N) foi forçada a revisar sua previsão de lucro para o primeiro trimestre, cortando as expectativas pela metade. O anúncio fez com que as ações da companhia caíssem 14% imediatamente.
O CEO Ed Bastian apontou diretamente para a crescente instabilidade econômica nos Estados Unidos como um dos principais fatores que impactam o desempenho financeiro da empresa. Essa declaração aumentou os temores dos investidores de que a economia americana possa entrar em recessão antes do esperado.
Crise política agrava a situação
A incerteza política em Washington continua sendo um fator crítico para os investidores. Parlamentares tentam chegar a um acordo sobre o financiamento do governo federal para evitar uma paralisação parcial. Qualquer atraso na aprovação do orçamento pode desencadear uma nova onda de turbulência nos mercados financeiros.
Outro fator de risco é o relatório de inflação dos EUA, que será divulgado na quarta-feira. O mercado espera que os dados venham piores do que o previsto, o que pode dificultar ainda mais a atuação da Reserva Federal.
Desigualdade financeira: os ricos ficam mais ricos, os pobres perdem
Em meio a toda essa instabilidade, o relatório de julho de 2024 do Federal Reserve Bank de St. Louis revela um cenário preocupante sobre a distribuição da riqueza nos Estados Unidos.
Os 50% mais pobres da população americana possuem apenas 1% de todas as ações corporativas e ativos do mercado de capitais. Enquanto isso, os 10% mais ricos controlam 87% do mercado de ações.
Esse desequilíbrio aumenta ainda mais a instabilidade: enquanto grandes investidores podem esperar a crise passar, as classes média e baixa são as que mais sofrem com as perdas, o que pode resultar em tensões sociais crescentes.
Fim do rali de dois anos
O mercado de ações enfrenta uma forte correção após um impressionante período de alta em 2023 e 2024. O S&P 500 subiu mais de 20% nesses dois anos, impulsionado principalmente pelos gigantes da tecnologia. No entanto, a situação mudou drasticamente em 2025, com grandes nomes como Nvidia (NVDA.O) e Tesla (TSLA.O) sob forte pressão, arrastando o restante do mercado para baixo.
Colapso da Tecnologia: Apple, Nvidia e Tesla Sob Ataque
O setor de tecnologia do S&P 500 despencou 4,3% na segunda-feira, marcando uma das maiores quedas dos últimos meses. Apple e Nvidia perderam cerca de 5% cada, enquanto a Tesla foi o epicentro das vendas, com suas ações desabando 15%, o que equivale a uma perda de aproximadamente US$ 125 bilhões em valor de mercado.
A crise não afetou apenas o mercado de ações. As criptomoedas também foram duramente atingidas, com o Bitcoin caindo 5%, refletindo uma fuga generalizada de ativos de risco.
Investidores Buscam Refúgios Seguros
Apesar da desaceleração geral, alguns setores da economia mostram resiliência relativa. O setor de utilities (SPLRCU) registrou um ganho de 1%, indicando que os investidores estão migrando para ativos tradicionalmente seguros.
A demanda por títulos do governo dos EUA também disparou, com o rendimento dos Treasuries de 10 anos caindo para 4,22%, à medida que os traders começaram a realocar fundos para ativos de baixo risco.
Ásia Sob Pressão: Investidores Fogem para o Iene
A crise também se espalhou pelos mercados asiáticos. As ações na Ásia caíram bruscamente na terça-feira, seguindo a tendência de vendas massivas globais. Os investidores temem que a escalada da guerra comercial possa prejudicar o crescimento econômico dos EUA e levar a uma recessão global.
Diante dos riscos crescentes, os mercados começaram a buscar ativos de proteção, e o iene japonês tornou-se um dos principais destinos para o capital, conforme os investidores fogem da instabilidade.
Trump Sinaliza "Transição", Mas Evita Falar em Recessão
As preocupações aumentaram ainda mais após os comentários de Donald Trump em entrevista à Fox News. Pela primeira vez, o presidente dos EUA mencionou uma possível "transição" na economia, mas evitou responder diretamente se sua política comercial poderia desencadear uma recessão.
Essa retórica apenas ampliou a ansiedade dos mercados. Os investidores temem que a incerteza sobre tarifas, aumento da volatilidade e queda da liquidez possam criar um efeito dominó, aprofundando ainda mais a crise.
O Que Vem a Seguir? Mercados Globais Se Preparam Para Mais Turbulência
Especialistas avisam que, se os próximos dias não trouxerem sinais de estabilização, o mercado poderá entrar em uma tendência de baixa prolongada. Os investidores estão focados nos próximos passos da administração dos EUA, na resposta do Fed e na evolução do conflito comercial com a China. Em meio à alta incerteza, o mercado se encontra à beira de um novo capítulo, onde cada declaração e cada indicador econômico pode se tornar o gatilho para um novo colapso.
Ativos de risco sob ataque
A volatilidade nos mercados globais está aumentando. Os comentários recentes de Donald Trump e os temores de recessão fizeram os investidores abandonarem ativos de risco, desencadeando uma nova onda de vendas. A pressão cresceu não apenas no mercado de ações, mas também sobre o dólar americano, que enfraqueceu, enquanto os rendimentos dos Treasuries continuaram caindo.
Bolsas asiáticas em queda
A tempestade financeira também atingiu os mercados asiáticos. O Nikkei do Japão e o TWII de Taiwan caíram para seus níveis mais baixos desde setembro, enquanto o ASX 200 da Austrália recuou 0,8%, atingindo uma mínima de sete meses. Mesmo as ações chinesas, que vinham registrando um forte crescimento neste ano, sentiram a pressão. O CSI 300 caiu 0,5%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong recuou 1%, refletindo o pessimismo crescente entre os investidores.
Mercado perde US$ 4 trilhões, mas investidores buscam suporte
O pânico nos mercados eliminou impressionantes US$ 4 trilhões da capitalização do S&P 500 em apenas um mês, evidenciando a magnitude do colapso. No entanto, sinais de estabilização começaram a surgir nos futuros do S&P 500 e Nasdaq, que recuperaram parte das perdas da manhã na Ásia e voltaram para o positivo antes da abertura dos mercados europeus. Os futuros das bolsas europeias apresentaram uma tendência semelhante, indicando uma abertura relativamente estável na região. Porém, analistas alertam que a situação segue extremamente frágil e qualquer evento negativo pode desencadear uma nova onda de vendas.
Investidores aguardam reação de Trump
Prashant Newnaha, estrategista da TD Securities, apontou que muitos investidores acreditam que Trump será forçado a reconsiderar sua política caso a queda do mercado continue. No entanto, a Casa Branca mantém uma retórica rígida, aumentando ainda mais a incerteza.
Iene japonês se torna o principal refúgio de capital
Diante da turbulência do mercado, os investidores estão migrando ativamente para ativos seguros. O iene japonês atingiu uma máxima de cinco meses contra o dólar, subindo para 147,35 por dólar, antes de corrigir parcialmente.
No acumulado de 2025, o iene já se valorizou 7% contra o dólar, reforçando sua posição como um dos principais ativos de proteção em tempos de crise.
A situação continua extremamente tensa. Os mercados globais estão à beira de uma nova crise, e os investidores acompanham de perto os próximos passos da administração dos EUA e o desenrolar da guerra comercial. Nos próximos dias, os principais gatilhos de mercado serão:
- Discursos de autoridades do Fed;
- Novos dados macroeconômicos;
- Declarações de Trump.
Por enquanto, as principais dúvidas permanecem sem resposta: será uma crise passageira ou o começo de um colapso financeiro de grande escala?
Franco suíço e iene continuam em alta
Com a alta volatilidade dos mercados, os investidores continuam buscando ativos seguros, impulsionando as moedas-refúgio. O franco suíço atingiu uma máxima de três meses, sendo negociado a 0,8791 por dólar na terça-feira. Esse aumento reflete a fuga de capital do dólar e o crescimento das preocupações com a economia dos EUA. Ao mesmo tempo, o índice do dólar, que mede a moeda americana contra seis principais divisas, caiu para uma mínima de quatro meses. Desde o início do ano, já perdeu mais de 4%, refletindo um ceticismo crescente entre os investidores sobre a sustentabilidade da economia dos EUA.
Trump mantém curso: política comercial sob ataque
Diferente de seu primeiro mandato, quando problemas econômicos o levaram a reconsiderar sua estratégia comercial, Trump parece decidido a manter sua posição desta vez.
Kyle Rodda, analista sênior de mercados financeiros da Capital.com, destacou que o presidente não pretende recuar, apesar dos impactos negativos no mercado de ações e na economia como um todo.
Isso significa que os investidores devem se preparar para uma instabilidade prolongada, conflitos comerciais contínuos e o risco aumentado de recessão.
Petróleo se mantém estável, mas demanda preocupa
Os preços do petróleo permanecem relativamente estáveis, apesar das preocupações com uma desaceleração da economia global.Os investidores temem que as novas tarifas dos EUA possam reduzir a demanda global de energia, pressionando ainda mais o mercado de petróleo.
Ao mesmo tempo, os países da OPEP+ continuam aumentando a produção, o que pode gerar um excesso de oferta e levar a quedas adicionais nos preços.
Ouro próximo de recorde
Em meio à incerteza econômica, o ouro continua se fortalecendo, aproximando-se de sua máxima histórica. Na terça-feira, o metal precioso subiu para US$ 2.895,75 por onça, apenas alguns dólares abaixo de seu pico no mês passado.
Os investidores enxergam o ouro como um ativo de refúgio essencial, especialmente diante da desvalorização do dólar e da instabilidade no mercado de ações. Desde o início de 2025, o ouro já se valorizou 10%, e no ano passado seu crescimento foi impressionante, atingindo 27%.
A situação continua extremamente tensa. Os investidores estão atentos à Casa Branca, às decisões do Fed e à evolução do conflito comercial. Nos próximos dias, novos dados macroeconômicos e possíveis declarações de Trump poderão influenciar a dinâmica dos mercados.
Mas uma coisa é certa: a economia global está entrando em uma nova fase de instabilidade, e os investidores terão que se adaptar à nova realidade.