A estrutura de ondas no gráfico de 4 horas do BTC/USD está bastante clara. Após uma longa e complexa correção em formato a-b-c-d-e, que ocorreu entre 14 de março e 5 de agosto, uma nova onda impulsiva começou a se formar, já apresentando uma estrutura de cinco ondas. Com base no tamanho da primeira onda, a quinta pode ser mais curta. Por isso, não espero que o Bitcoin ultrapasse a faixa de US$ 110.000 a US$ 115.000 nos próximos meses.

Além disso, a onda 4 assumiu um formato de três ondas, reforçando a precisão da contagem atual. Como a quinta onda está em desenvolvimento, faz sentido buscar oportunidades de compra. No entanto, como mencionei antes, essa onda pode estar próxima do fim — ou já ter sido concluída.

O cenário macro tem favorecido a valorização do Bitcoin, impulsionado por constantes influxos de investimentos institucionais, compras por governos de alguns países e fundos de pensão. No entanto, as políticas de Trump podem levar investidores a saírem do mercado, e nenhuma tendência de alta dura para sempre.

Na quarta-feira, o BTC/USD subiu US$ 3.500 e acrescentou mais US$ 1.800 na quinta-feira. O principal catalisador dessa alta foi a reunião do Federal Reserve (FOMC), mas, em minha visão, o mercado apenas encontrou mais um pretexto para comprar Bitcoin.

Não foi todo o mercado de criptomoedas que impulsionou esses ganhos — foram os principais players que lideraram o movimento.

Os resultados da reunião do FOMC foram neutros, pois Jerome Powell não mudou sua posição sobre as taxas de juros. Ele enfatizou que:

• Donald Trump não influenciará a política do Fed.
• O Fed está aguardando as ações econômicas de Trump para avaliar seu impacto sobre a inflação e os principais indicadores econômicos, que determinam as decisões sobre as taxas.
• A inflação permanece acima do nível alvo, o que adia a flexibilização monetária.

Se as taxas de juros caírem rapidamente, ou mesmo apenas começarem a cair, o rendimento dos depósitos bancários e dos títulos do Tesouro dos EUA diminuirá, tornando o Bitcoin mais atraente. Isso ocorre porque taxas mais baixas do Fed incentivam a alocação de capital em ativos de risco.

Nos últimos dois anos, o Bitcoin tem sido amplamente buscado, à medida que o Fed conseguiu reduzir a inflação e o mercado começou a antecipar uma política monetária mais flexível.

No entanto, apesar do início dos cortes nas taxas, tanto o Bitcoin quanto o mercado de ações continuam subindo. Na minha opinião, isso indica a formação de uma bolha no mercado de criptomoedas, assim como no de ações.

Não havia nenhuma justificativa fundamental para comprar BTC ontem ou hoje, mas o mercado segue comprando agressivamente.

Além disso, a potencial onda 2 dentro da onda 5 não está clara nem convincente, o que ainda me impede de confirmar se a onda 5 terá uma estrutura completa de cinco ondas.

Conclusões gerais

Com base na análise do BTC/USD, concluo que a alta do Bitcoin está se aproximando do fim. Essa pode não ser uma visão popular, mas a quinta onda pode acabar sendo encurtada. O que vem a seguir? Um colapso ou uma correção complexa. Portanto, não recomendo a compra de Bitcoin neste momento. Caso a onda 5 desenvolva uma estrutura estendida de cinco ondas, uma forte onda corretiva 2 deverá se tornar visível dentro dela.

Atualmente, a onda 2 está presente no gráfico, mas não parece convincente. Acredito que, pelo menos, mais uma queda ainda está por vir. Em um prazo maior, a estrutura de cinco ondas de alta está clara, sugerindo que uma correção de baixa ou uma nova tendência de queda deve começar em breve.

Princípios fundamentais de minha análise

1. As estruturas de onda devem ser simples e claras - Estruturas complexas são difíceis de negociar e geralmente levam a mudanças inesperadas no mercado.
2. Se a situação do mercado não estiver clara, é melhor ficar de fora - Evite negociações forçadas em condições incertas.
3. Nunca há 100% de certeza quanto à direção do preço - sempre use ordens Stop Loss para proteger o capital.

A análise de ondas pode ser combinada com outras formas de análise técnica e estratégias de negociação para aumentar a precisão.