Em um ambiente como esse, não está totalmente claro qual será seu próximo passo.

Quanto à imigração, o aumento de 10% nas cotas de importação para a China não é crítico. Como mencionado anteriormente, Trump parece estar inflando conflitos em seu estilo comercial preferido: aplicar pressão para conseguir o que deseja. Pode-se argumentar que todas as suas ameaças são apenas um jogo geopolítico, embora extremamente perigoso.

Após suavizar a retórica em relação ao México e a Ottawa, o dólar ficou sob pressão, enquanto o ouro ganhou um novo impulso no preço. Aqui, parece que o enfraquecimento local do dólar, a guerra comercial entre os EUA e a China e o aparente envolvimento dos EUA na crise do Oriente Médio desempenham papéis fundamentais.

Além de aumentar a incerteza, Trump sugeriu que Washington poderia assumir o controle de Gaza e supervisionar sua reconstrução. Isso sinaliza efetivamente a entrada dos EUA no conflito. É improvável que os palestinos, sendo deslocados de suas terras históricas, permaneçam calmos, marcando essa como a "guerra dos EUA" no Oriente Médio.

Os mercados financeiros simplesmente não podem ignorar esses acontecimentos. Os bancos centrais voltaram a comprar ouro físico, elevando seu preço a novos máximos históricos. Parece provável que os preços do ouro cheguem em breve a US$ 3.000 por onça.

Por outro lado, o dólar dos EUA, anteriormente apoiado pela guerra tarifária de Trump, agora está sob pressão devido à incerteza sobre como seus planos econômicos se desenvolverão. Um sinal negativo para o dólar veio dos dados de ontem sobre vagas de emprego, que caíram significativamente para 7,6 milhões em dezembro, abaixo do número revisado de novembro de 8,156 milhões. Os investidores provavelmente interpretam isso como um possível sinal de esfriamento no mercado de trabalho dos EUA. Se essa tendência continuar, o dólar pode cair ainda mais, enquanto a demanda por ações pode aumentar devido ao aumento das esperanças de que a Reserva Federal retome os cortes nas taxas de juros no verão deste ano.

Principais relatórios a serem observados nesta semana:

Isso faz com que os próximos relatórios da ADP sobre empregos no setor privado (previstos para hoje) e do Departamento do Trabalho dos EUA (geralmente divulgados na sexta-feira) sejam particularmente importantes.

De acordo com a previsão consensual, a expectativa é de que o setor privado tenha criado 148.000 novos empregos em janeiro, acima dos 122.000 de dezembro. Isso seria um sinal positivo. Se a criação de empregos atingir ou exceder essa previsão, isso dará suporte ao dólar e, surpreendentemente, poderá até mesmo ser recebido positivamente pelo mercado de ações, sinalizando uma recuperação do setor privado dos EUA após os contratempos anteriores.

O que esperar dos mercados hoje?

Acredito que a atual tendência de consolidação dos índices de ações dos E.U.A. persistirá. A recuperação do ouro pode ser interrompida se os dados do mercado de trabalho da ADP e do Departamento do Trabalho dos E.U.A. excederem as expectativas. O índice do dólar dos E.U.A. (ICE) provavelmente permanecerá dentro da faixa de 107,00-110,00.

Previsão para o dia:

#O contrato CFD sobre os futuros do S&P 500 está sendo negociado na faixa de 5912,40-6124,80. Existe a possibilidade de um declínio local em direção a 6124,80 se os dados do ADP estiverem acima das expectativas.

O par EUR/USD está sendo negociado dentro de uma ampla faixa de 1,0210-1,0525. Se os números do ADP superarem a previsão, podemos esperar uma queda local do par em direção ao limite inferior dessa faixa.